Só para arreliar a irmã
pequenita, o Frederico disse que o Pai Natal NÃO existe.
Assim, um redondo e
sonante NÃO.
Ela não acreditou. Era o
que faltava!
Mas logo por azar, o Pai
Natal passou por ali e ouviu a negação da sua existência.
Entristeceu como um noite
de inverno. Deixou de comer. Perdeu a vontade de viver.
«- E se eu não passo de
...um sonho?»
As renas resolveram a
questão. Levam o Pai Natal ao psicólogo, onde enceta o seguinte
monólogo:
Não sei bem se eu
existo
Nem que não,
Nem que sim;
É que algumas
crianças
Não
acreditam
Em
mim...
O psicólogo arranja logo solução:
Caro Pai Natal,
Se algumas crianças
Não acreditam em si,
O problema é delas.
O que tem a fazer
É também...
Não acreditar nelas!
A satisfação do Pai Natal
é tanta e tão grande que a sua barriga rapidamente cresce até sair do
espelho.
Frederico é que não
esperava que o Pai Natal deixasse de acreditar nele.
Sabes, Maria, o Pai Natal Não Existe.
Caminho, 2008
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